terça-feira, 27 de setembro de 2011

Hoje inclinei-me para abraçar o luar
Mas reparei que já era dia e fiquei a olhar
Atrasei-me, perdi-me no sono
Desleixei-me...está a ficar morno
Que fizeste tu tempo que marcaste e acabaste
Que me plantaste e arrancaste
O prazer de sentir as horas a fugir
ver o rodar dos ponteiros e sorrir
O luar em neblina
É agora o que me fascina
Ver tanta pouca luz e ser tão pouco
Ser perdido e querer estar rouco
não fará isto de mim...um louco?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Hoje acordei cedo
Despertei-me pelo Luar
Olhei pelas trevas sem medo!
Quem me está a chamar?

Por dias esqueci o tempo
Decidi olhar contemplar-me
Corre para a foz meu alento
Soa retumbante o alarme

Cadente é a estrela que passa
Pelo cosmos que nos fascina.
Cintilante é a morte que traça
Quem de triste ser tem sua sina!

No último fim, Apagado
Está aquele que ousou trapacear.
Desvia o olhar magoado!
Quem és tu que quiseste sonhar?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Crer

Tudo vale a pena quando o quê?

Defeito de quem escreve ou de quem lê?

Imaginar lágrimas que não caem por querer

Sentir vontade quando se parece não a ter

Não é de comodidades!

Não é de incerteza!

É de ser mesquinha nossa natureza.

Egoísmos e ferramentas

Não consegues, para que tentas?

É fado nosso destino

Ou é de escolha o caminho?

Convenhamos que amar até dá jeito

Procurar o ideal, o perfeito…

Ouvi que assim era melhor

Já te conheço as manhas…sei-te de cor!

Até te entendo, sei-te bem

Mas isto que eu faço não lembra a ninguém

Ao lado ama-se, ama-se de verdade!

Mas existe sempre mais alguém que nos quebra a vontade

Apetece chorar…imaginação já não chega…

Alcoolizam-se os sentimentos,

Embriaguez azeda

Névoa de cigarrilha que para trás se deixa…

Amar já não dá…toda a gente se queixa

Qual o nosso problema?

O drama de estar consciente!

Que somos nós quem cá está,

Que temos de continuar normalmente

Nada é irreal…o que o é não sai de nós

Por mais que me esforce

As lágrimas não escorrem

Por mais que me coce não sai de mim…

Tenho dois corações

Um para amar…o outro para quando calhar…

Não adianta enganar

Ainda não aprendi a lição…

Mas basta-me achar

Que Às vezes tem de ser não!

Sonhar….

Ter o consolo da manhã perpétua…

O sol sempre a nascer

A vida sempre a começar…

Mas no crepúsculo desvanece-se a esperança,

Tudo foge tudo cansa.

O dia é dia por inteiro

É dia e noite completo e verdadeiro!

O Mundo não muda nos sonhos

Os sonhos mudam o Mundo!

Talvez quem escreva ainda tenha razão.

Todos os dias tentar

Por mais curta que seja a estrada

Por mais difícil que apeteça nada.

Dar ainda dá

Amar ainda está.

Ora o rio deseja a calma de desaguar

E nós assim o somos para esperar…

Pedir quando cansados

É como a filosofia dos arados:

Rasgar a terra para que volte a ser coberta!

É plantar colheita incerta…

Pedir a Deus não adianta

Nem quem reza nem quem canta…

Porque Deus é para todos

Não adianta criar falsos engodos

O acreditar não é um negócio

Deus não é teu sócio!

Levai os espectros da hipocrisia

Fazei-me mudar isto tudo…um dia!